Roteiro de 3 dias em Belem do Pará – Segundo dia

O segundo dia em Belem começou mais ou menos no mesmo horário do primeiro, por volta das 09 horas da manhã. Aacesse o post do primeiro dia aqui e o post com o planejamento da viagem aqui, para uma melhor compreensão do roteiro recomendo a leitura destes posts antes de ler este que segue. Depois de acordarmos com calma e tomarmos um ótimo café na Tasca do Mercado (falei sobre ele no post do primeiro dia), fomos caminhando até a Praça da República.

Predios historicos em Belem
Predios historicos em Belem

Tinha lido que no domingo o povo da cidade se encontrava na Praça da República então planejei visitar a praça neste dia. A praça não é muito grande mas ferve. Me lembrou um pouco a feira hippie de Ipanema que acontece no Rio de Janeiro com suas muitas barraquinhas de artesanato e pinturas. No entanto, além dos artesãos, tinham também muitas famílias, muitas crianças brincando, gente fazendo pic-nic, outros vendendo comida, etc… Acho que a cidade inteira estava na praça naquele domingo. Ah, também estava na segunda pois era feriado.

01. Praça da Republica aos domingos
Praça da Republica aos domingos (Teatro da Paz acima à esquerda)

Infelizmente não conseguimos conhecer a principal atração da praça, o Teatro da Paz.  Nos domingos ele só pode ser visitado até as 11 horas e chegamos na bilheteria 30 minutos depois. Nosso erro foi não ter ido visitá-lo assim que chegamos na praça. Deixamos para o final e nos lascamos #ficaadica.

Saímos da praça em direção ao local de onde partiam os barcos para Bacarena mas no caminho fomos abduzidos pelo Point do Açai e decidimos parar para um pequeno almoço. Como a fome não era muito grande, resolvemos provar as iscas de pirarucu.

Point do Acai (fachada e prato)
Point do Acai (fachada e prato)

O peixe estava ótimo e a farinha que acompanhava uma delícia. O restaurante é enorme e apesar de estar lotado não tinha fila. O serviço é atencioso e super rápido. Nossa ideia era comer um acaí ao estilo do sudeste porém não rolou. Segundo o garçon demoraria muito. Ele sugeriu o acaí salgado mas infelizmente como ele não agradou muito o nosso paladar optamos por não pedir. Cervejas e iscas de pirarucu nos custaram 46 reais.

Mais uma vez não pude deixar de me impressionar com a galera mandando ver nas jarras e jarras de acaí. Gentem, é muita caloria para ser o arroz com feijão do povo!

Ao sair do Point do Acaí fomos em direção ao local dos barcos porém decidimos não encarar o passeio naquela tarde porque estava ventando muito e o rio tinha muitas ondinhas. Achamos melhor não arriscar e deixar o passeio Barcarena + Caripi para o último dia.

Decisão tomada, encaramos novamente o sorvete da Cairu na Estação das Docas e fomos caminhando até o Complexo Feliz Luzitania. Visitamos o Forte  e tiramos fotos da praça e da Igreja.

Complexo Feliz Luzitania
Complexo Feliz Luzitania

Mais uma vez demos com a cara na porta na Casa das Onze Janelas, no Museu de Arte Sacra e na Catedral. Todos fechados por voltas das 14 horas do domingo e nenhum abriria na segunda mesmo sendo feriado, #chateada! O mesmo ocorreu com o Polo Joalheiro São José Liberto.

Mesmo achando ruim essa ideia das atraçoes fechadas partimos para a próxima. Na verdade não é que me incomodo tanto assim, aceito, acho que faz parte. Além disso, flanar pela cidade sem muito compromisso é algo que normalmente me dá tanto prazer, e às vezes até mais, do que visitar determinados museus.

Do complexo Feliz Lusitania fomos caminhando até o Mangal das Garças. Entre um e outro a distância é de 1 quilômetro. Acho que percorremos em torno de 25 minutos. No caminho, praças, igrejas e casas de impressionar. De parar para pensar como não era a cidade alguns muitos anos atrás quando esses palacetes deveriam ter muita vida.

Casarão abandonado na cidade
Casarão abandonado na cidade

Outra coisa que chama atenção nessa caminhada são os restaurantes na beira do rio. Entramos em um chamado Palapita que tinha uma programação de samba e de almoço muito agradável naquele domingo. Vontade de ficar por ali mesmo.

Palafita Belem (foto: Veja Comer e Beber Belem)

Chegamos no Mangal das Garças por volta das 15 horas. No domingo eles deixam a entrada liberada e você só paga as atraçoes que se interessar. Logo na entrada avistamos uma espécie de mostra de artigos indígenas em uma área envidraçada que parecia mais um museu. Tudo muito bonito e organizado. Não resisti ao artesanato indígena e comprei um pulseira que amei.

Mangal das Garças - Exposição e artesanato indígena
Mangal das Garças – Exposição e artesanato indígena

Saímos deste espaço e fomos caminhando em direção a uma área verde onde ficavam muitos animais e também um lago. Ao lado do lago o mirante chamou nossa atenção e decidimos subir.

Mangal das Garças - Mirante e Animais
Mangal das Garças – Mirante e Animais

O mirante custou 10 reais por pessoa. As outras atrações: Borboletário, Museu Marítimo e viveiros dos pássaros custavam todas entre 5 e 10. Se quiséssemos ter comprado todas pagaríamos 25,00 reais que é justamente o preço da entrada nos demais dias da semana. Queríamos muito ter visto as borboletas mas segundo a funcionária da bilheteria esse passeio tem que ser pela manhã.

A vista do mirante mexe com a gente literalmente. Como a estrutura é leve ela balança. Que aflição! Você sobe e desce de elevador, é rapidinho, porém uma vez lá em cima as passarelas são estreitas, sabe aquele frio nas pernas e aquela vontade de se jogar lá em baixo? Pois é, fortes emoçoes.

Mangal das Garças - Vista Mirante
Mangal das Garças – Vista Mirante

Vale muito a pena a subida. A vista da cidade e dos rios que a circundam de tantos ângulos diferentes é muito bonita.

Do mirante fomos até a área do restaurante. Próximo a ele uma passarela sobre o mangue leva até o rio. Na ponta da passarela uma área coberta para admirar a paisagem. Super relaxante em um final de tarde de domingo mesmo apesar do forte calor e umidade.

Mangal das Graças - Passarela sobre o mague e rio
Mangal das Graças – Passarela sobre o mague e rio

Depois de ver a parte do rio tentamos sem sucesso tomar um expresso no restaurante mas o mesmo estava fechando e não foi possível. Começamos a pensar então como voltaríamos ao nosso hotel porque sem notar caminhamos praticamente dele até o Mangal das Garças, uma bela caminhada!

Para nossa sorte, e de todos os turistas, os motoristas de ônibus de Belem devem ser os mais simpáticos do mundo. Logo ao chegarmos no ponto de ônibus um ônibus chegou junto e o motorista nos orientou a tomarmos aquele ônibus e depois um outro. Segundo ele se quiséssemos pegar apenas um para fazer todo o trajeto esperaríamos muito tempo. Ele ficou mais de minutos explicando, super solícito e o pessoal estava super tranquilo no bus #semstress.

O legal dessa história é que descemos do primeiro ônibus praticamente ao lado de um shopping e aí conseguimos encontrar uma cafeteria para tomar aquele expresso tão desejado. Acabamos conhecendo o shopping o que também achei interessante pois assim conhecemos um pouquinho mais da vida diária das pessoas e não somente os pontos de interesse turístico.

Na volta ao hotel descemos do ônibus em frente ao Parque da Residência e próximo à famosa Caixa d’agua já desativada e ao Mercado São Brás. Três pontos turísticos da cidade que ficavam praticamente ao lado no nosso hotel.

Mercado San Brás, Parque da Residencia e Antiga caixa dagua
Mercado San Brás, Parque da Residência e Antiga caixa dagua

Para o jantar escolhemos a Estação das Docas. No domingo à noite, véspera de feriado,  o local estava bem animado. Começamos com chops e petiscos no Marujos, um restaurante de Salinópolis que se estabeleu na Estação das Docas. O restaurante é praticamente um quiosque então eles colocam mesas ao redor e música ao vivo e o local fica bem animado. Achei a proposta deles interessante por se diferenciar de todos os demais que possuem mesas internas e externas iguais. No Marujos provamos o bolinho de pirarucu defumado, #recomendo. Quatros chops e uma porção de bolinhos nos custaram 55 reais.

Para jantar estávamos super na dúvida. Como comentei acima, apesar da culinária diferenciada, em termos de ambiente os restaurantes são iguais então acaba que você tem que escolher muito pelo cardápio. Olhamos todos os cardápios e optamos pelo Lá em Casa. No final achei a decisão super acertada.

Estação das Docas - Restaurante Lá em Casa
Estação das Docas – Restaurante Lá em Casa

Como já tínhamos petiscado pedimos uma entrada e um prato principal para dividir e ao invés de chop fomos de cerpa, aliás, cerpinha, que é como eles chamam as long necks cerpa pois lá existem outros tipos e tamanhos de cerpa.

Tanto a entrada como o prato principal tinham como como ingrediente o queijo do Marajó, #delícia! Optamos pela carne como prato principal porque queríamos provar a maniçoba que acompanhava o arroz. Muito bom! Cervejas, entrada e prato principal saíram 110 reais . Pagamos no cartão porém a gorjeta teve que ser paga em dinheiro. Ah, isso tinha acontecido no Marujos também, eles não aceitam a gorjeta no cartão.

Finalizamos a noite, mais uma vez, na sorveteria Cairu. Impossível resistir a tantos sabores.

Mais uma vez fizemos todos os deslocamentos caminhando ou de ônibus. Só pegamos taxi para voltar à noite da Estação das Docas para o hotel (aprox. 25 reais).

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