Dando continuidade ao passeio pelas Cinque Terre, depois de visitar Vernazza fomos para Monterosso al Mare. Monterosso, como o próprio nome já diz, é um pouco diferente das demais “terres”. Enquanto Riomaggiore, Manarola e Vernazza tem uma forte pendência na direção do mar e Corniliga fica no alto, Monterosso tem uma pendência bem menos íngreme, parecendo praticamente estar no nível do mar (al mare) e de todas é maior possuíndo duas partes, Fegina e o Centro Histórico.

Chegar ali, mais uma vez, foi muito fácil. Bastou pegar o trem, novamente lotado, em Vernazza e em poucos minutos estávamos em Monterosso. A estação ferroviária de Monterosso fica em frente ao mar, mais no canto final de Fegina para quem vem de Vernazza. Bastou descer da plataforma, cruzar a rua e pronto, estávamos no calçadão à beira-mar, caminhando e curtindo o fim de tarde com os restaurantes de um lado e o mar de outro.
Confesso que em pleno final de tarde a praia não chamava tanto assim, mas os restaurantes para ficar degustando pratos locais, como aliches marinados e fritos, com um bom vinho branco em frente à praia eram muito chamativos. Tivemos que nos controlar para não ficar por ali mesmo J Unindo as forças finais do dia, caminhamos a orla no sentido esquerdo para que está de costas à estação ferroviária. Nesse canto avistamos um estátua enorme de concreto que quase se funde com a paisagem devido à maresia.

A partir deste canto fomos voltanto e caminhamos todo o promenade de Fegina. Fegina tem cara de balneário turístico de algumas décadas atrás. Tudo muito delicado, organizado e limpo.


No canto oposto ao da estátua gigante é possível acessar a parte antiga da cidade, através de um pequeno túnel, localizado abaixo do promotório onde fica o Convento dos padres Capuccinnos, a Igreja de São Francisco de Assis e a Torre Aurora.

O centrinho de Monterosso é uma gracinha. Também, maior e mais plano que as demais “terres”, são inúmeros negócios, restaurantes e bares.

A Parrocchia San Giovanni Battista é um piccolo gioello e merece uma entradinha.


O centro histórico, assim como Vernazza, também foi castigado pelas chuvas, porém os vestígios eram mais vistos em poucas fotos espalhadas nos locais atingidos do que nas construções em sí. As fotos abaixo ilustram o antes e o depois de um prédio no centro histórico de Monterosso.


Ao se caminhar essa parte mais antiga em direção ao alto da montanha é facilmente perceptível que a rua na verdade foi construída em cim do curso de um rio e acho que isso explica muito do porque da tragédia que ocorreu quando choveu muito acima do volume esperado.
Sem dúvida pela praticidade pegar praia em Monterosso deve ser mais fácil que nas outras “terres”, ainda mais se estiverem lotadas. Em Monterosso o espaço é maior e são praticamente duas praias, um mais longa em Fegina e uma menor, mais ainda assim grande quando comprada as demais terres, na parte mais antiga da cidade. Em ambas avistei estabelecimentos de praia, que são restaurantes e bares de praia com serviço à beira-mar onde você para um total pelo aluguel de cadeiras e guardas-sóis e também à parte pelo que consome. Porém também vi trechos de praia livre (spiaggia libera, como dizem os italianos) onde não é necessário pagar por nada, basta trazer sua canga…risos.
Naquela época, em junho de 2012 só vi essas estruturas preparadas em Monterosso, mas imagino que algo parecido também seja colocado à disposição ao menos em Vernazza onde a área de praia é um pouco maior.
No final da tarde, depois de termos caminhado por aproximadamente 1 hora em Monterosso, voltamos até os restaurantes próximos à estação ferroviária para um aperitivo, porém, como já era tarde, e depois das 21 a frequência dos trens começava a diminuir, decidimos pular o aperitivo, seguir no próximo trem e ir direto jantar em La Spezia.
Assim, acabo aqui meu relato de 4 posts que comentam como foi meu dia pelas 5Terre. Mostrando que é possível fazer esse passeio numa boa desde que atento ao horários dos trens e sem muitas paradas longas.
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