Acabei de voltar de uma viagem de enoturismo super gostosa pela Serra Gaúcha (Vale dos Vinhedos e arredores), mais precisamente pelas cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves e Pinto Bandeira. Aqui nesse post irei dar detalhes sobre nosso terceiro dia de roteiro. Se você ainda não viu o post índice (com todas as informações da viagem), clique aqui para acessá-lo.
Nosso terceiro dia de roteiro foi assim:
- Vinícola Lidio Carraro, no Vale dos Vinhedos
- Visita e Almoço na Casa Madeira, na linha Leopoldina/Vale Trento, Vale dos Vinhedos
- Artesanato do Vale, na linha Leopoldina ou Vale Trento no Vale dos Vinhedos
- Vinícola Valduga, na linha Leopoldina ou Vale Trento no Vale dos Vinhedos
- Vinícola Geisse, em Pinto Bandeira
- Jantar no Restaurante Dona Carolina, em Bento Gonçalves
1.Vinícola Lidio Carraro
Começamos o dia em grande estilo 😊 ! Eu queria muito conhecer a Lidio Carraro, tinha lido sobre a filosofia Purista e estava muito curiosa para aprender a respeito e principalmente para provar os vinhos. O conceito purista prevê a mínima intervenção no vinhedos e nos vinhos, faz isso prezando o tipo de solo versus o tipo de uva, mantendo vinhedos próprios, colheita manual, não passando por madeira, não filtrando, não corrigindo o açúcar, etc. Enfim, vale muito a pena conhecer a vinícola e o conceito.

A visita é feita na própria propriedade da família. Quando chegamos a casa estava cheia e fizemos a degustação no jardim, foi muito aprazível. Iniciamos pela degustação premium (5 rótulos, 25 reais) e no final não resistimos e trocamos, na verdade continuamos, com a top premium onde provamos mais 3 rótulos e pagamos a diferença de 25 reais.

No final ainda ganhamos um chorinho e degustamos 2 espumantes. Foi uma orgia enoturística não só em termos de vinho mas também de conhecimento. A degustação foi conduzida por uma enóloga da família, extremamente simpática, se a intenção era nos fazer sentir em casa sem dúvida eles conseguiram.
2. Almoço Casa Madeira (Grupo Valduga)
Depois de tanto vinho fomos da direção da Linha Leopoldina, também conhecida como Vale Trento. Nossa ideia era visitar o complexo da Valduga, formado pela Casa Madeira (delicatesse e restaurante), o Jardim Leopoldina e a Vinícola Valduga.
Começamos pela Casa da Madeira onde degustamos e compramos algumas geleias. A Casa Madeira também foi o local escolhido para nosso almoço. Se nos dias anteriores tivemos que fazer almoços mais rápidos neste dia acertamos no horário e na escolha do lugar. Adoramos o Casa Madeira, comida típica com toque de chef, atendimento muito atencioso e o melhor Sagu da minha vida.

A almoço na Casa Madeira era exatamente o que eu buscava, uma refeição bem feita, com ingredientes de qualidade, de tamanho adequado para não chutar o balde, em um ambiente bonito, confortável (fazia muito calor do lado de fora) e com serviço de primeira.
Os pratos além de muito bem feitos tem bons preços, as massas custam em torno de 35 reais e os pratos de carne 50 reais. A conta, com bebida (águas e cerveja), 4 pratos, cafés, duas sobremesas e gorjetas saiu em torno de 55 reais por pessoa.

3. Artesanato do Vale e o Jardim Leopoldina
No caminho entre a Casa Madeira e Vinícola Valduga paramos nesse local muito fofo chamado Artesanato do Vale. Não resistimos ao balanço, nosso filhote adorou. Aproveitamos e compramos lembrancinhas de viagem.

Além disso, também entre a Casa Madeira e a Vinicola Valduga fica o Jardim Leopoldina. Nos não paramos porque estávamos com o horário apertado e já tínhamos almoçado e comido sobremesa porém o local é um alternativa para um almoço rápido, para quem curte cerveja, para um gelato ou mesmo para uma parada rápida.
4. Vinicola Valduga
Nossa visita a Vinicola Valduga foi mais para conhecer o lugar, optamos por não fazer nenhuma degustação ou tour. A Valduga é a pioneira do Enoturismo na região, foram ele que em 1992 que começaram tudo. O prédio, que lembra um castelo de pedra pelo visto foi inspiração para os demais. No início achei estranho essa arquitetura meio medieval mas depois acabei aceitando.

A área da recepção é mais antiga e poderia ser modernizada enquanto a loja achei muito escura e extremamente turística. O lugar estava cheio, barulhento e nada intimista, as degustações são realizadas em uma espécie de bar, é chegar, pagar e pedir, achei bastante impessoal.
Saí um pouco atordoada de lá, acho que minha leitura da vinícola precisa ser revista. No final me arrependi de não ter provado nenhum rotulo, queria muito provar o Espumante Sur Lie Nature. Em matéria de espumantes eles são muito fortes e acho que juntos com a Alma Única e a Geisse são os mais comentados do momento. Sem falar que os vinhos tintos são muito premiados.

Como o lugar é muito visitado recomendo a reserva se você quiser fazer algum tour. Além disso eles possuem pousadas próprias e pacotes de viagem, vale a pena conferir o site deles (link acima).
5. Vinicola Geisse
Nosso último passeio do dia foi a ida até Pinto Bandeira para conhecer a Vinicola Geisse e o seu espaço Open Lounge. Da Valduga até lá foram 40 min (23km), fizemos tudo sem erro graças ao Waze e chegamos a tempo de aproveitar o final de tarde pois apesar do espaço fechar as 17 ficamos até as 17:30. Leve repelente porque quando o sol vai caindo os mosquitos vão surgindo. A estrada que leva até lá é muito bonita, você tem que subir uma serrinha e por isso leva um pouco mais de tempo.

Além do espaço ser lindo, a proposta do chill-out é muito legal e os espumantes maravilhosos. Mesmo o Cave Amadeu, linha de entrada deles, já é demais. A historia da vinícola é interessante, foi um chileno que identificou todo o potencial de Pinto Bandeira e apostou na localidade. Alguns anos depois ele literalmente fez historia e colocou o RS no mapa mundial dos espumantes.

6. Restaurante Dona Carolinaa
Nossa noite terminou em um restaurante que fica dentro de um castelo, o Castello Benvenutti localizado entre Bento Gonçalves e Garibaldi, esse castelo (mais um castelo risos) abriga também uma pousada e uma Galeteria Di Paolo.
A Pousada Catello Benvenutti é muito bonita mas como não aceitam crianças não era uma opção no nosso caso, de qualquer forma recomendo, ela é muito charmosa, tem bons restaurantes muito próximos e em termos de localização fica muito perto do hotel onde nos hospedamos, falei sobre ele no primeiro post desta serie. A Galeteria di Paolo já é uma instituição exportada inclusive para outros estados. Eu, não sendo muito fã de restaurantes com esse formato, preferi visitar outros porém a Galeteria tem seu apelo.
Bom, votando ao Restaurante Dona Carolina, o cardápio é variado mas eu que naquele dia queria comer tortei e dei com a cara na parede. Tinha tortei em todos os restaurantes em que fomos mas não nele, #triste. Se você nunca comeu recomendo que prove, é uma massa recheada com abobora, muito tipica do estado. O restaurante tem um ambiente muito bonito e curado. Atendimento bom. A maioria dos pratos tem a opção individual e para duas pessoas.

Escolhemos dois pratos para duas pessoas. Um mais simples e outro de carne. Um bem servido outro nem tanto. Provamos o filé que leva o nome da casa, o Dona Carolina – filé a milanesa feito no forno com molho vermelho de costela desfiada, massa e queijo gratinado e que ainda acompanhava batatas noisettes. Uma pequena bombinha. Para equilibrar, pedimos um canederli in brodo, um prato típico do Trentino que já tinha provado na Itália e não tinha a minima ideia que esse prato era tão popular aqui nessa parte da Serra Gaucha #vivendo e aprendendo. O canederli estava ótimo, muito bem temperado e acompanhava um pão que era uma delicia. Alias, o local é famoso por servir um bom café da manhã e o melhor, aberto ao publico.

Em relação a carta de vinhos achei mais salgada que nos demais lugares, acabamos bebendo vinhos em taça nessa noite. A conta, com serviço, saiu 250 reais, uma média de 58 reais por pessoa.
Um comentário em “Enoturismo na Serra Gaucha – Terceiro Dia (Vale dos Vinhedos, Vale Trento e Pinto Bandeira”