Berlim – Dicas e roteiro de viagem

NOSSO ROTEIRO DE VIAGEM EM BERLIM

O roteiro por Berlim foi elaborado com base no guia de viagem da Eyewitness Travel, em um blog de viagem com dicas interessantes de Berlim (comento abaixo) e com as dicas muito preciosas de um amigo alemão (Grazie Julian). No total foram 6 dias curtindo Berlim em pleno outono – que para meus parâmetros gaúchos mais pareciam o forte do inverno (máxima de 8 graus, mínima de -2 e bastante vento). Se você pretende viajar nessa época recomendo que esteja muito preparado para o frio assim você vai conseguir curtir a cidade numa boa.

IMPORTANTE: Recentemente voltei a Berlin e portanto esse post foi revisado em 2018.

No primeiro dia fomos a três dos principais cartões postais da cidade, a Pariser Platz, ao Portão de Brandeburgo e o famoso prédio do Reichstag, que hoje em dia é mais visitado pela sua cúpola, construída pelo também famoso arquiteto Sir Normam Foster, que pelo prédio em si. Fiz a reserva pelo site e a entrada foi tranquilíssima.

Berlin – Portão de Brandemburgo
Berlim – Reichstag com Cúpola ao Fundo
Berlim – Interior da Cupola do Reischstag

Caso o Reichstag esteja no seu roteiro recomendo a ida no primeiro dia porque da sua cúpola você tem uma vista de toda a cidade e eles ainda fornecem um audioguide, inclusive em português, super modermo com toda a explicação dos principais prédios de Berlim. O audioguide assim como a visita são gratuitos.

Ao sairmos do Reichstag fizemos um “city tour gratuito” com o ônibus de número 100 que nos levou do Reichstag direto à região do Zoológico passando pelo Tiergarten (que é enorme). Como fazia muito frio, optamos por não entrar no zoo e não visitar o parque, nesse dia a cidade estava uma névoa só. De qualquer forma parece um passeio muito bacana pois é considerado um dos melhores zoo do mundo pela sua diversidade de animais.

Descemos na região e aproveitamos para conhecer a rua Kurfürstendamm, Ku’damm para os íntimos, uma das famosas ruas de compra da cidade e onde fica localizada a também famosa KaDeWe, a segunda maior loja de departamentos da Europa perdendo apenas para a Harolds de Londres. O melhor da KaDeWe é sem dúvida o piso de comidas. Ah, e de bolsas, e sapatos… risos, dificil escolher um.

Berlim – Piso de Comidas da KaDeWe

O segundo dia foi dedicado a Postamer Platz, Alexander Platz e a Unter den Linden, aqui recomendo a leitura do blog Viajo Logo Existo. Ele tem um roteiro de caminhada pela Unter den Linden bem bacana e descreve também muito bem cada bairro da cidade assim como suas principais atrações.

A Postdamer Platz, um dos maiores projetos de construção de praça dos últimos anos na Europa, impressiona bastante na chegada mas depois é meio mais do mesmo. Ali fica o conhecido Sony Center, que achei bacana e tudo mas não para a propaganda que fazem.

Berlim- Projeto Postdamer Platz

A Alexander Platz é sem dúvida mais caótica em função dos inúmeros meios de transportes público que se concentram na região e sem dúvida a famosa Torre de TV da Alexander Platz foi o cartão postal que mais fotografei, aparece praticamente em todas as fotos. A torre pode ser visitada e mesmo apesar das filas serem grandes, principalmente nos dias de sol, você pode comprar os tickets e deixar seu número de celular para que eles te avisem 30 minutos antes de você entrar. Que organização!

Berlin – Alexander Platz

O terceiro dia foi dedicado ao muro de Berlim. Tínhamos visto uma parte do muro na Postdamer e queríamos ver mais. Fomos até a East Side Gallery conhecer a parte maior e mais bem preservada do muro. Ainda nos dias de hoje é impressionante pensar em uma cidade totalmente dividida, que na época tinha em torno de 2 milhoes de habitantes.

Muro de Berlim – East Side Gallery

Esse ano foi um ano especial, em fevereio de 2018, a queda do muro fez 10316 dias e a partir desta desta o tempo sem o muro já é maior do que o tempo em que o muro ficou erguido.

Após fomos ao uber turístico Charlie Checkpoint Museum. Achei um pouco caro, pagamos 12,5 euros para entrar e confesso que tive a impressão de viajar no tempo. O museu é antigo, foi criado praticamente junto com o muro de Berlim mas de lá pra cá não sofreu muita renovação então, apesar do audioguide, você tem que ler muita coisa e a atmosfera é bastante antiguada. É estranho, não combina com a modernidade da cidade, mas vale a visita se você estiver interessado nas curiosidades sobre a divisão da cidade, a construção do muro e as incríveis fugas.

Arte com Passaportes no Checkpoint Charlie Museum

O quarto dia era domingo e optamos por ir até o MauerPark, maior mercado de pulgas da cidade. O problema foi que naquele domingo específico não teve mercado. De qualquer forma valeu o passeio, saímos do nosso hotel no Mitte e em 15 minutos chegamos até o Mauerpark através da rua Kastanienallee, uma rua cheia de restaurantes fofos.

O quinto dia foi dedicado às Galerias do Scheunenviertel no Mitte, antigo guetto judaico que se tornou o bairro descolado da cidade depois da queda do muro quando muito jovens artistas se transferiram para a região. Os prédios restaurados do Hackeschen Höfe, conjunto de oito prédios com seus pátios internos interligados unindo diversos ateliês e lojinhas, impressionam.

Além disso na região tem a Nova Sinagoga, também recentemente restaurada, e diversas ruas com bares, lojas, cáfes, restaurantes e centros culturais moderninhos.

Sinagoga

Como nosso hotel estava localizado no Mitte acabou que a fomos conhecendo em doses homeopáticas então nesse dia ainda sobrou tempo para ir até a Unter den Linden, novamente, queria ver a loja da Nivea que não tinha visto no primeiro dia, e também para passear pela Friedrichstrasse mais uma rua de compras só que mais voltada para lojas de departamentos.

Vitrine na Nivea – Unter den Linden

O sexto e último dia foi dedicado a praça do Gendarmarkt e as comprinhas básicas, lembrancinhas, imãs de geladeira e as pechinchas de Berlim. Como faço coleção de imãs dessa vez minha inspiração foram os famosos desenhos dos semáforos da antiga Alemanha Oriental.

Semáforos da antiga Alemanha Oriental

Ficamos bastante tempo em Berlim e vimos bastante coisa mas não vimos tudo. Assim como no Zoo, optamos por não conhecer alguns museus/galerias importantes como o Pergamom, a Gemaldgaleria e o Judish Museum. Quem sabe em uma próxima! (Já voltei e ainda não fui, tenho que voltar novamente).

Tudo isso sem contar que fomos abduzidos pelos inúmeros mercados de Natal  em todos os principais pontos da cidade. Na Itália se fala muito desses mercados em Praga, Vienna, Budapeste, etc., mas confesso que Berlim parece ser a rainha deles. Postdamer Platz, Alexander Platz, Gendarmarkt, EuropaCente, enfim, muitos!

Berlim – Mercado Natal – Postdamer Platz
Mercado Natal – Alexander Platz
Mercado de Natal – Gendarmarkt
Mercado de Natal – Gendarmarkt
Mercado de Natal – Europa Center

TRANSPORTE PUBLICO EM BERLIN

Se deslocar por Berlim é muito fácil. O metro, seja o U-Bhan, underground, ou S-Bhan, de superfície, cobre bem quase praticamente toda a cidade. Provavelmente você pegará mais de um para chegar ao seu destino final mas as trocas são fáceis. O metro não é muito profundo e as distâncias entre uma linha e outra são pequenas, se caminha pouco. Uma outra vantagem é o que metro fica aberto até tarde então você não tem que se preocupar com o horário de volta.

Berlim – Estação S-Bhan

Além do metro os trams e ônibus cobrem as pequenas distâncias. A dica fica para os ônibus 100 e 200 que fazem praticamente um tour turístico pela Unter den Linden.

Berlim – Estação S-Bhan

O aeroporto de Schonefeld  também é muito bem servido pelo metro. Compramos um ticket semanal, custo de 33,5 euros, que incluía todo o transporte público, inclusive o aeroporto. Se você for fica mais de 5 dias vale a pena. Faça os calculos antes e planeje seus deslocamentos para que o gasto com o transporte público seja mais eficiente. No forte do inverno é bem mais prático usar o metro, mesmo para pequenas distâncias.

ONDE SE HOSPEDAR EM BERLIM

Essa foi uma viagem Easy!!! EasyJet e EasyHotel! Foi a primeira vez que me hospedei em um dos hotéis low-cost da rede e a experiência foi boa. O hotel é super bem localizado, no Mitte e os funcionários muito atenciosos e simpáticos. Aquecimento e isolamento acústico perfeitos, nota 10, não deixe de prestar atenção ao aquecimento se você for viajar no inverno.

O único problem é o espaço mega-reduzidos dos quartos, o ideal é que cada pessoa tenha somente uma mala pequena caso contrário você não conseguirá deixar sua mala aberta sem necessidade de praticar salto em distância. Fora isso, como nos voos da EasyJet, todo o adcional é pago a parte. Assim, o pagamento com cartão de crédito custa 2,5 euros, o controle remoto para assistir a TV 5 euros por dia, a internet no quarto mais 3 por dia, o check-in antecipado 7,5, a custódia para malas 3 euros e por aí vai… limpeza do quarto, troca da toalhas, etc.

Enfim nada que não possa ser planejado se você estiver interessado nas barganhas de preço. Além disso só posso dizer que dormi muito melhor ali do que já dormi em muitos hotéis 3 estrelas.

Abaixo o vídeo que encontrei antes de viajar e que me ajudou a controlar a expectativa.

Recentemente (2017) voltei a Berlim e me hospedei em um hotel da NH, o hotel Berlin NH City Ost. Esse hotel é um pouco mais afastado da área turística mas muito bem localizado. É um hotel padrão 4 estrelas, com um quarto de tamanho bom, serviço bom, localizado proximo a duas estações de metro e com uma área wellness/spa pequena mas muito funcional. Acho otimo um hotel com esse tipo de serviço, principalmente no inverno. Sauna é ótima para encarar o frio.

Fachada Hotel Berlin City Ost, foto: booking.com

DICAS DE RESTAURANTES EM BERLIM

Se come muito bem e muito barato em Berlim. A infinidade de restaurantes na região do Mitte onde ficamos hospedados era incrível. Eram restaurantes pequenos, arrumadinhos, informais, animados e com serviço simpático. Acho que era justamente essa proposta que tornava os lugares cools e pagaveis ao mesmo tempo. Explorar algumas opções de restaurantes em regiões gastronomicas como Mitte, Friedriechshain, Kreuzberg e Prenzlauer Berg é sem dúvida uma outra forma de conhecer a vibrante Berlin.

Monsier Vuong é o mais famosinho de todos vietnamitas, ele fica no Mitte. Na mesma linha o Fam Dang (Torstrasse 125, Mitte, U Rosenthaler Platz) parece menos conhecido e assim, além de bom é mais econômico ainda.

Monsier Vuong no Mitte

Na mesma linha tem o também asiático com pegada tailandesa Transit (no Mitte) e a rede indiana Amrit com sua irmã o Mirchi (culinaria de Singapura). Em ambos a comida é ótima, as porções fartas, ambiente animado e o serviço rápido. Ótimo para o turista. Existem vários restaurantes da rede espalhados pela cidade.

Jantar no Amrit

Recentemente fomos em um ramen bar no Mitte, os ramen bars são modinha na Europa no momento. Esse chama Cocolo e tem, fica em um casarão antigo e divide o patio interno do mesmo com um outro restaurante o que dá um charme especial.

Jantar no Cocolo – Ramen Bar o Mitte

Fomos também em dois restaurantes árabes, que como se diz na Itália, “da non perdere”. O Esra (Oranienburger Str. 87, Mitte, S-Hackescher Markt) e o Hasir.  Esse último também é uma rede espalhada por Berlim, fomos na filial de Kreuzberg, no dia em que dedicamos ao passeio por esse famoso bairro de imigrantes turcos.

Almoço no Esra – Arabe no Mitte

Ah, os doces turcos não poderiam faltar não é mesmo? São inúmeros locais como esse. Essa ficava ao lado do Hasir de Kreuzberg.

Loja de doces Turcos em Kreuzberg

Se você gosta de café e brunch a dica é o Silo Cafe, na região de Friederichshain, proximo a praça Boxhaneger onde aos domingos acontece um mercado de antiguidades. Essa região entrou na moda recentemente e ao redor da praça existem inúmeras opçãoes gastronomicas. É também nessa região que fica uma balada super recomendada, a Berghain.

Brunch no Silo Cafe em Berlim, Friedriechshain

Comemos também muita wuster – as famosas salsichas almeãs. Tanto nas barraquinhas dos mercados natalinos como nos inúmeros quiosques de CurryWurst da cidade. Um dos mais famosos é o Curry 36 É a comida mais típica de Berlim. A salsicha normalmente vêm acompanhada de pão ou batatas fritas e em cima colocam o molho vermelhor, o molho com curry indiano (amarelo) ou sem molho.

Curry Wurst em Berlin

A batata Kartoffelpufferé é outro prato tipico. Ela é frita e acompanha um molho de maças. Comi uma no andar de comidas da KaDeWe, ótima.

Kartoffelpuffer na Kadewee em Berlim

Em relação a comida típica a dica foi do meu amigo alemão e a indicação foi um restaurante chamado Austria (Bergmannstr. 30, U-Gneisenaustr) muito apreciado pelo Schnitzel. Optamos por pedir só um e dividir. Ainda bem! Olhem só o tamanho do pratinho!

Schnitzel no Restaurante Austria

Por fim recomendo uma visita ao complexo Kulturbrauerei, uma antiga cervejaria transformada em pólo cultural. Esse passeio combina bem com a visita ao Mauerpark. Fica em Prenzlauer Berg.

A VOLTA PRA CASA…

Depois de seis dias ótimos ao voltar para casa, ainda dentro do aviao, precisamos passar por um processo de descongelamento das asas do avião. Vivendo e aprendendo. Como consegui deletar meu vídeo coloco um outro que encontrei no youtube muito parecido e que dá idéia do procedimento. Agora finalmente entendo como se viaja mesmo com as baixas temperaturas!

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13 comentários em “Berlim – Dicas e roteiro de viagem

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